sábado, 22 de dezembro de 2012

Meu presente de Natal - Por Luciana Costa

 
Meu presente de Natal


As luzes
da árvore de natal
me fazem sonhar.

Será que
Papai Noel
poderá me trazer
o presente
que quero?

Porque
todo presente,
tem que ser dado
de coração.

Porém,
o que mais desejo
não é
uma doação.

Mesmo sendo
o Natal uma
época
de doação.

O que desejo?
O Amor.

Oh! Sim.
Este é  
o sonho do
meu pobre coração.

Pois, a ele
nunca ninguém
devotou a merecida
atenção.

Por isso
neste Natal
quem quiser receber
uma doação.

Aqui estou,
doando o
meu humilde
coração.
  

                          
Luciana Costa  - 22/12/2012

Alguns tipos de crônicas - Vamos conhecê-las?



A Crônica

A crônica é um gênero que tem relação com a ideia de tempo e consiste no registro de fatos do cotidiano em linguagem literária, conotativa.
A origem da palavra crônica é grega, vem de chronos (tempo), é por isso que uma das características desse tipo de texto é o caráter contemporâneo.

A crônica pode receber diferentes classificações:

- a lírica, em que o autor relata com nostalgia e sentimentalismo;
- a humorística, em que o autor faz graça com o cotidiano;
- a crônica-ensaio, em que o cronista, ironicamente, tece uma crítica ao que acontece nas relações sociais e de poder;
- a filosófica, reflexão a partir de um fato ou evento;
- e jornalística, que apresenta aspectos particulares de notícias ou fatos, pode ser policial, esportiva, política etc.

Por Marina Cabral
Especialista em Língua Portuguesa e Literatura

Crônica - O que é? E como escrevê-la



Crônica

      A crônica é uma forma textual no estilo de narração que tem por base fatos que acontecem em nosso cotidiano. Por este motivo, é uma leitura agradável, pois o leitor interage com os acontecimentos e por muitas vezes se identifica com as ações tomadas pelas personagens.
      Você já deve ter lido algumas crônicas, pois estão presentes em jornais, revistas e livros. Além do mais, é uma leitura que nos envolve, uma vez que utiliza a primeira pessoa e aproxima o autor de quem lê. Como se estivessem em uma conversa informal, o cronista tende a dialogar sobre fatos até mesmo íntimos com o leitor.
      O texto é curto e de linguagem simples, o que o torna ainda mais próximo de todo tipo de leitor e de praticamente todas as faixas etárias. A sátira, a ironia, o uso da linguagem coloquial demonstrada na fala das personagens, a exposição dos sentimentos e a reflexão sobre o que se passa estão presentes nas crônicas.
     Como exposto acima, há vários motivos que levam os leitores a gostar das crônicas, mas e se você fosse escrever uma, o que seria necessário? Vejamos de forma esquematizada as características da crônica:

• Narração curta;
• Descreve fatos da vida cotidiana;
• Pode ter caráter humorístico, crítico, satírico e/ou irônico;
• Possui personagens comuns;
• Segue um tempo cronológico determinado;
• Uso da oralidade na escrita e do coloquialismo na fala das personagens;
• Linguagem simples.

     Portanto, se você não gosta ou sente dificuldades de ler, a crônica é uma dica interessante, pois possui todos os requisitos necessários para tornar a leitura um hábito agradável!
      Alguns cronistas (veteranos e mais recentes) são: Fernando Sabino, Rubem Braga, Luis Fernando Veríssimo, Carlos Heitor Cony, Carlos Drummond de Andrade, Fernando Ernesto Baggio, Lygia Fagundes Telles, Machado de Assis, Max Gehringer, Moacyr Scliar, Pedro Bial, Arnaldo Jabor, dentre outros.

Por Sabrina Vilarinho
Graduada em Letras

quinta-feira, 20 de dezembro de 2012

A prova - Por Luciana Costa



  
 A prova

Não! Não! Por favor, não!
Eu não acredito!
Bela hora para furar o pneu!
Sai do carro, olhei em volta e fui para a traseira do carro. A luz forte de um farol cruzou meus olhos, deixando-me  por alguns instantes totalmente cega. Uma freada e o som de algo sendo arremessado para longe. Tudo foi em questão de segundos. Meus olhos recuperaram o foco e consegui enxergar de fato o que havia ocorrido.
O carro estava parado de forma irregular, o fedor de borracha queimada exalava no ar. Os sons tinham se extinguido, o que restou só foi a cena que mudaria toda minha vida.
Ao longe se avistava um corpo, caído em posição nada natural a um corpo humano.
Não me aproximei, olhei ao redor, ninguém! Eu era a única testemunha, olhei para a estrada e mais adiante se via uma luz, provavelmente lá poderia haver alguém que pudesse ajudar ou mesmo ligar por socorro, meu celular estava descarregado. Sai correndo tentando me acalmar falando para mim mesma que tudo iria dar certo e que eu lá também eu poderia encontrar alguém para me ajudar com meu carro.
Quando me dei por conta eu já estava na porta do estabelecimento, era um bar, clube noturno, não sei ao certo. Entrei, havia várias pessoas conversando, dançando e bebendo. Olhei para o rapaz do bar, tentei falar com ele, mas o som estava tão alto que ele não me ouviu.
De repente o som cessou um rapazote entrou no bar gritando.
− Vamos! Liguem para os bombeiros! Acabou de acontecer um acidente na estrada!
Um carro atropelou alguém!
Uma comoção tomou conta de todos, eram vários homens correndo para fora do bar, mulheres cochichando e saindo curiosas para ver o acontecido.
Um homem que estava no balcão perto de mim perguntou se era sobre isso que você estava tentando avisar. Eu confirmei e sai em direção da porta, ele me acompanhou dizendo que eu não parecia bem. Expliquei que havia sido testemunha do acidente, mas não podia explicar o que tinha acontecido devido o farol do carro ter me cegado temporariamente.
E fomos em direção do acidente.
Cada vez que chegava mais próximo de onde havia acontecido o acidente eu me sentia estranhamente mais fraca, com muita dificuldade conseguimos passar pelas pessoas. Queria ver quem tinha sido atropelada, talvez eu conhecesse, morava há muito tempo na cidade e esta era pequena.
Cheguei e me aproximei para ver o rosto da vítima que foi atropelada, ela estava coberta com um lençol. Meu Deus! O coitado morreu. Tanta vida! Agora tudo acabou. A morte é uma vilã muito má, acaba com tudo, nada mais a fazer. É o fim.
Os bombeiros e paramédicos que estavam trabalhando pareceram não se importar muito com minha presença.
Levantei o lençol e olhei, reconheci o rosto da pessoa no mesmo instante, eu não podia acreditar no que eu estava vendo! Era o rosto de uma mulher! Não! Não podia ser! Era simplesmente... o meu rosto! Era eu que estava morta ali no chão!
Senti o calor de uma mão em meu ombro, olhei para o dono dela e vi o homem que me acompanhou, com a voz entre cortada perguntei:
− Como... Como isso pode acontecer?
Um sorriso tranquilo cruzou o rosto do homem, estendendo as mãos para mim ele falou:
− Vem minha filha, seu tempo aqui acabou e eu vim te buscar!
− Como?
− Sim. Eu Sou! E vim por ti, vem!
            − Mas...
− Sim, você tinha que se ver morta, foi a forma que encontrei para te provar que a morte é apenas uma passagem, e ver que nunca te abandonaria. Jamais! Agora vem!
Coloquei minhas mãos na dele e fui.


Luciana Costa – 04/12/12.