terça-feira, 20 de novembro de 2012

Devanear - Por Luciana Costa




Devanear...

Eu pensei que não existia, mas quando te vi comecei a acreditar que anjos caminham sobre a Terra.
Você chamou minha atenção assim que cruzou meu caminho, busquei teus olhos, mas para minha decepção não consegui ver.
Teus braços fortes me aguçaram a imaginação...
Perdoe-me, mas pensei como seria perde-se em braços como os teus, ou melhor, nos teus...
Sei que não é certo pensar dessa forma, tão pouco imaginar coisas como essas...
Mas, fazer o que...
Você ascendeu em mim um estopim.
Se sou louca?
Pode ser...
Mas quem não é?
E me entreguei ao devaneio...
Naquele momento me tornei sua amante...
Em meus pensamentos menos ousados te tive em meus braços.
Tua boca me beijava e teus braços me apertavam contra o teu corpo
Oh! Sim.
Você também gostava, então, não me culpes!
Senti teu hálito quente e ofegante em meu ouvido. Nossos corpos ardiam como brasa em fogueira.
Tua mão passeava livremente em meu corpo, como se buscasse conhecer a cada milímetro de pele do meu corpo.
Assim em minha imaginação fizemos amor e fizemos de um simples encontro uma festa de paixão, sedução e luxúria.
Perguntas se me culpo, de devanear?
Oh! Não.
Por quê?
Porque sonhar com os anjos é aconselhável e sem dúvida nenhuma quem leu isto, também imaginou tudo o que eu disse através das minhas palavras e devaneio como eu.


Luciana Costa – 20/11/12.

A proposta - Por Luciana Costa

 
A proposta

Não!
Não posso!

Não!
Não consigo sorrir.
Não, sem você.

Como posso viver sem você?
Não sei...
Meus olhos ardem.
Minha cabeça está nublada.

Nada faz mais sentido...
Não sem você.
Te necessito
aqui
do meu lado.

Não importa
se meus pais não querem...
Os seus...
O mundo.

Quero que todos
danem-se.
Se são tão egoístas
que não podem aceitar
um amor tão puro como o nosso...

Entenda,
meu amor...
Não os desejo mal...
Mas não vou permitir
que eles afastem você de mim...

Não por apenas acharem
que não sou apropriado...
O que temos haver com o ódio deles?
Não nascemos onde queremos,
tão pouco escolhemos de quem...

Eu só quero você.
Juro-te,
abro mão dos parentes,
do sobrenome, da herança.
Na verdade
isso pouco me importa...

Por quê?
Porque quero você...
E se me tirarem você
estão me negando a felicidade
e me condenando a morte em vida.

Não consigo imaginar viver
sem teus beijos, abraços, caricias.
Quero você aqui,
ao meu lado
para sempre.

Quero fugir com você.
O que achas?
Viver nosso amor
sob as estrelas
à luz da lua.

Irei te proteger do que for,
te darei meu amor,
se me pedirem
a vida em troca da tua...
Não pensarei duas vezes.

Mas a única coisa
que não consigo
é ficar sem você.

Porque...
És para mim,
meu chão,  
minha alegria,
meu mundo.

E eu sou teu,
e nós somos dois
em um.

Isso!
Quero fugir.
Com você.

Prometo-te.
Carinho.

Amarei-te
como a minha vida,
até mesmo por a és.


Aguardo tua resposta.
Estarei em nosso lugar secreto.


P.S.  Sou seu, sempre seu.
        Te amo.




Luciana Costa – 20/11/2012.

segunda-feira, 19 de novembro de 2012

Cuidado! Quando o tombo acontece... ... o amor pode se aproveitar. - Por Luciana Costa



Para uma melhor organização e acessibilidade criei um novo blog para as prosas, assim, este post permanecerá visível nesta página por um tempo, onde o mesmo será removido para o blog Palavras Vivas em Prosa.

Para conhecer o novo espaço ainda em construção clique aqui.
 
 

Cuidado! Quando o tombo acontece...  ... o amor pode se aproveitar.


No chão.
Quando vi estava no chão.
Maldito salto. Tinha que quebrar logo agora? Mas pensando bem, não seria apropriado que quebrasse nunca.
Enquanto olhava possessa para o maldito sapato uma mão surgiu na minha frente. Fiquei me perguntando se olhava ou não para o dono da mão caridosa que me oferecia a gentileza. Então pensei, nada pode ser pior que cair com o traseiro no chão! Segurei a mão do meu cavalheiro logo me coloquei de pé, mesmo manca por causa do sapato e com uma forte dor no traseiro.
O que disse a respeito de as coisas não poder ficar pior? A assim elas podiam... quando ia agradecer ao meu salvador eis que vi o sorriso sedutor do meu chefe. Ele olhava direto para mim, fiquei com as bochechas queimando. Ainda olhando para mim falou:
− Menina! Foi um tombo e tanto!
Olhei para ele com vontade de dizer: Não imagina! Só contundi o pé e esmaguei o traseiro no chão! Simmm, sem mencionar que estou pagando o maior mico do planeta! Mas não iria fazer isso, então respondi o que todo babaca da Terra falaria:
− Foi o salto do sapato que quebrou, mas estou bem.
− Vais ficar com um belo hematoma ai atrás - apontou para meu traseiro.
Agradeci e levantei a cabeça com o resto de dignidade que me restava e sai.
Maldito sapato! Sai mentalmente falando.
No dia seguinte estava no escritório, sentada em minha cadeira com dificuldade, o traseiro doía e o pé ficou um pouco inchado.
Era hora do almoço eu havia decidido ficar e adiantar algumas coisas olhava para a tela do computador quando uma flor foi colocada entre eu e a tela. Levantei a vista e lá estava meu chefe com seu sorriso sedutor.
− Olá senhorita madura.
− Madura?
− Sim, o que anda maduro cai, kkkkkk.
Tive vontade de mandá-lo ir me procurar na esquina, mas ele era o chefe.
− Desculpe-me, mas quando me lembro da queda kkkkkkk.
− Sei...
− Não fique com raiva. Mas foi engraçado.
− Tudo bem. - Mas meu subconsciente gritava: tudo bem uma droga! Queria poder dar pelo menos um soco nele, mas, respira...
− Vamos almoçar?
− Perdão? Você quer almoçar comigo?
− Sim, porque o espanto?
− Nada, apenas pensei que não gostava de nenhum relacionamento no trabalho.
− Não, não gosto. Mas você é...  uma pessoa especial.
Ok, mas não vou almoçar. Obrigada pela flor, mas, muito trabalho. Amália está doente, então...
− Por favor, vem comigo...
Fiquei pensando, porque será que ele está insistindo tanto? Me virei na cadeira  para levantar, não custava nada ir, mas perguntaria só uma coisa:
− Por que estás querendo me levar para almoçar?
− Como te disse, você é especial para mim, faz tempo que te observo e gostaria de te conhecer melhor...
Olhando para ele pensei, meu Deus ele me observava! Será que notou que eu também o observava? Mas deixa isso para lá... Almoço! Foco!
Levantei e fui. Quando chegamos ao corredor principal do escritório o piso estava molhado, ele não percebeu e...
De bunda no chão.
Olhei para ele. Ele estava branco.
Todos do escritório olharam para ele...
Dei a mão para ele e falei:
− Menino! Foi um tombo e tanto!
Ele olhou para mim e falou em tom baixo para mim:
− Não imagina! Só contundi o pé e esmaguei o traseiro no chão! Simmm, sem mencionar que estou pagando o maior mico do planeta! Mas estou bem, se te importa.
Contendo o riso falei:
− Estais maduro, só pode ser. E vais ficar com um belo hematoma ai atrás - apontei para o seu traseiro.
Kkkkkkkkkkkkkkkkk, não aguentei. Cai na risada.
Ele riu e falou:
− Olha como é a vida, ontem era eu que te estendia a mão e hoje é você que o fazes.
− É verdade.  - falei contendo risos.
− Bom o que achas desses dois traseiros quebrados irem almoçar?
− Boa ideia.
No caminho do refeitório pensei: Bendito sapato!


Luciana Costa – 18/11/2012.