terça-feira, 26 de fevereiro de 2013

A Confusão - Por Luciana Costa



Quem nunca teve um acesso de ciúmes?
Ou quem não foi vítima de uma cena? 
Esse texto é curto, leve e engraçado, e traz as questões do ciúmes.    
 

A Confusão


− Eu não acredito!
− Pois pode acreditar.
− Eu não quero crê que ele está insistindo nesse assunto.
− Pois...
− Eu vi. Ninguém me contou...
− Ele disse que não é o que você pensa.  Falou que você entendeu errado. E queria ter uma chance para falar te explicar.
− Explicar o quê? Diz-me. Porque para mim não há o que explicar. Eu vi e isso me basta!
− Entendo teu lado amiga, eu também não perdoaria...
− Então!

TIM! DOM!

− Está esperando alguém?
− Eu não.

TIM! DOM!

− Vai logo, abre essa maldita porta! Que eu vou me deitar. Essa tua conversa me deixou com dor de cabeça.
− Minha conversa? Tua. Eu não tenho nada a ver com isso.
− Certo. Mas me faça um enorme favor, não me coloque a par de nenhuma observação ou conversação feita com ou por aquele...
− Troço?
− Kkkkkkkkkkk, essa foi boa... troço é muito antigo...
 
TIM! DOM!

− Droga! Já vai.
− Bom e eu já vou...

CLICK, CLICK

− Não! Não acredito que tivesse a coragem de vir aqui!
− Preciso falar com ela.
− Amigo! Ela vai te matar! Ela não vai...
− O quê? Não vou mesmo! Não tenho nada o que falar com você!
− Deixa eu te explicar! Não é nada do que você está pensando!
− Ah tá! Eu tive uma alucinação. Deve ter sido o chá de camomila de bebi naquela tarde.
− Olhem vocês! Eu vou sair e deixar vocês a sós.
− Obrigado!
− Não! Não vai não! Eu não tenho nada o que conversar com este senhor! Faça um favor a todos, saia daqui!
− Não até você me escutar!
− Com licença!
− Ei volte aqui! Deixe de ser covarde! Bela amiga você é! Na hora que preciso de você, você me deixa!
− Escute, por favor!
− O quê? Mentiras?
− Não! A moça que você viu comigo. Não era nenhuma amante!
− Ah tá! Eu vi o jeito que ela te abraçava. Então vamos dizer que ela era... uma amiga? Uma prima? Desculpe, mas não acredito.
− Ela é minha irmã!
− Irmã? Como assim? Eu conheço tuas irmãs e ela não era nenhuma delas!
− Meia-irmã! Que droga! Meu pai... você sabe... ele teve uma filha fora do casamento. E eu só soube naquele maldito dia que me viste com ela.
− Por Deus!
− É por Ele? Mulher como tu és ciumenta...
− É que...
− Eu te falei que não era o que você pensou... mas quem consegue te deter?
− Perdoe-me... é que... eu pensei...
− Eu sei... os homens não prestam... sempre traem... e tá... tá... tá. Mas não sou assim.
− Meu Deus que vergonha!
− Não tenha, só quero que me prometas uma coisa, não me julgará pelas ações dos outros... e mais, aprenda a deixar as pessoas se defenderem.
− Ok, desculpe.
− Certo. Agora, me dê um beijo. Acho que mereço depois disso tudo.
− Claro meu amor. Mas me responda só uma coisa.
− O quê?
− Você viu o exame de DNA? Porque achei aquele abraço muito apertado.
− Por Deus mulher! Como és ciumenta!
− Não é só por garantia.
− Vi, agora podes me dar o que quero?
− O que você quer?
− Teu coração e tua confiança.
− Bom meu coração já é teu, ou você acha que teria feito toda essa confusão se não fosse assim. Mas minha confiança... bem essa é outra história.



Luciana Costa – 20/11/2012.

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