domingo, 19 de maio de 2013

Quando Te Vi - Por Luciana Costa

 

Quando Te Vi


Quando te vi passar não consegui disfarçar
Meus olhos me denunciaram
E seu sorriso confirmou meu vacilo
Tente desviar meu olhar
Esforço perdido.


Como um gato
Que dá um pulo certeiro
Arrebataste meu coração
Minha razão.


Eu sabia...
Tinha certeza...
Depois dessa colisão de olhares
Jamais seria a mesma.


Eu sabia...
Não restava dúvida...
Eu havia sido abduzida
Por seu amor.


E tudo aquilo que era certo
Tornou-se incerto
Tudo que era acerto
Passou a ser erro.


O maior erro foi não conseguir
Ter desviado do teu olhar
Mas também foi o maior acerto
Que eu poderia
Imaginar.


Você me prendeu com seu olhar
E hoje ele é meu algoz
E meu heroi
Meu inicio, meu meio e meu fim.



Luciana Costa – 19/05/2013.

sexta-feira, 10 de maio de 2013

Ausência de Cor (Amor) - Por Luciana Costa

 


Ausência de cor (Amor)


Queria está escrevendo
um poema de amor, mas...
Não posso.

Porque
o amor foi embora e
bateu com a porta em meu rosto.

Sinto
lágrimas caírem,
um vazio em meu peito e
uma confusão na alma.

O que faço?
Amor existe?
Ou será uma invenção dos poetas?

Se existe
por que não o sinto?
Será que perdi tal sensibilidade?

Não!
Ele existe, já o senti.
Mas, se foi...

Será
que esse pobre coração
não merece mais sentir o seu calor!

Se pudesse explicar
o que sinto no momento
usaria uma cor.

Não seria a cor preta.
Ela é a reunião de todas as cores
e agora
eu me sinto só.

A cor branca
talvez,
a ausência de cor...

Mas não!
É muito pura.

Sim, a cor ideal seria a cor cinza.
Ela sim
mostra a ausência que sinto.

Ausência.
De alegria, como em um céu nublado.
De cumplicidade, como a rocha
que mesmo vivendo
em meio a tantas como ela vive só.
De cor, como uma paisagem morta
de um quadro gótico.

Meu coração
está cinza,
minha alma também...

Oh! Amor!
Por que
Me deixaste!

Levaste contigo
minha cor,
meu próprio amor.

E só me deixaste
essa dor.



Luciana Costa – 29/03/2013.