Esta crônica eu escrevi à algum tempo, ela envolve humor, drama, amizade, mistério e principalmente minha marca registrada o romance, rsrsrs. Vou postá-la em três partes para não ficar uma leitura cansativa, a primeira está ai espero que gostem!!!
Parte I: Na Terceira Lua...
Sentada
olhando para água... Droga! Ai vem outro espasmo.
Errrr!...
Que
nojo!
Deus!
Parece vou botar o estômago para fora!
O
que esta me acontecendo? Não comi porcarias hoje.
Uma
batida na porta chama minha atenção. Respondo um pouco desorientada:
−
Oi.
−
Você esta bem? Quer dizer, precisa de ajuda?
Era
a Fátima, minha colega de quarto e trabalho.
Respondo
com um fio de voz meio a uma nova náusea.
−
Não Fafá, estou bem. − Quer dizer eu não estava, mas não havia motivo para
alardear a ninguém.
Com
a voz preocupada ela me respondeu:
−
Não parece. Mas, qualquer coisa me liga. Eu estou saindo. Vou com Alex na
lanchonete. Quer que te traga algo?
No
mesmo instante pensei "ela deve esta brincando", tô aqui colocando as
tripas para fora e ela me pergunta se quero um sanduiche! Quando me preparava
para responder ela falou.
−
Estou te perguntando se quer que eu traga algo da farmácia, sais de fruta,
antiespasmódico?
Senhor!
Só em ouvir algo relacionado a espasmo minhas vísceras se contraíram.
Errrr!...
De
volta com a cara no vaso.
Ai
que nojo! Odeio vomitar!
−
Lisa quer que eu fique? Vejo que você não esta bem. Eu falo com o Alex. Ele vai
entender amiga, você não esta bem.
Doce
Fafá. Ela era uma amiga e tanto, éramos como irmãs, mas não iria estragar o
encontro dela.
E
o que eu menos precisava agora era uma plateia, "Show do vomitório"
estrelando Lisa. Fiz uma careta acompanhada por um estremecimento. Fui
arrancada do meu delírio asco com Fafá falando:
−
Amiga? Você esta bem?
Reuni
todas as minhas forças e falei:
−
Sim. − um grande mentiiiiiiira falou em minha cabeça.
Ela
insistiu, mas consegui despachá-la. Saiu dizendo que qualquer coisa eu ligasse
para ela.
Com
um esforço sobre humano consegui me levantar, dei descarga nas minhas tripas
vomitadas. − Certo, certo, certo, estava
sendo dramática! Mas era como eu me sentia.
Girei
o registro do chuveiro, tirei a camiseta e as calcinhas e entrei no banho,
sentia que a água lavava meu corpo por dentro, fechei o chuveiro me enrolei na
toalha e fui direto para cama.
Senti
meus olhos pesarem e me entregando a letargia que tomava meu corpo fechei
completamente meus olhos.
Os
abri, mas já não estava no meu quarto tão pouco na minha cama. Eu estava
sentada em meio a um... "cemitério" olhei ao meu redor perguntando-me
que droga era essa. Todo mundo sonha com praias paradisíacas ou campos floridos
e ensolarados, mas eu estava em um cemitério, em meio aos meus impropérios
quanto aos sonhos, uma figura se materializou a cerca de 2 metros de mim.
Pensei:
agora pronto! Só me faltava um gótico me abordar. Que sonho idiota!
Ele
ficou imóvel, olhando para mim. Tentava ver o rosto dele, mas um nevoeiro
atrapalhava a visão. Ele tinha por baixo uns 1,87, forte formação corpórea,
cabelos pretos amarrados em um rabo de cavalo junto a nuca. De repente um
pensamento cruzou minha mente e eu gelei: e se ele for um assassino?
Ele
raspou a garganta e falou:
−
Olá querida Lisa.
Ele
sabia meu nome. Como?
−
Você me chamou minha amada. Você que falou que queria que eu viesse por você.
Levantei
minha mão apontando para mim mesma e falei:
−
Eu?
−
Sim. Ele me respondeu.
Olhei
para ele me perguntando se era alguma pegadinha ou coisa assim. Procurei as
câmeras, mas me lembrei de que tudo era um sonho.
−
Olha, deve está havendo um engano, até ainda pouco eu não estava passando muito
bem, dormi e vim parar aqui. E garanto a você, com as náuseas que eu estava
sentindo, não teria o menor animo de marcar um encontro, quanto mais aqui. −
terminei a frase com as mãos para cima mostrando a ele o cemitério.
Ele
se aproximou um pouco mais de mim com um sorriso sedutor nos lábios e falou:
−
Não, fui eu que te trouxe aqui. Achei que aqui era mais tranquilo para
conversarmos em paz.
Olhei
para ele e pensei: Meu Deus! Depois de quase botar todas as minhas entranhas
pela boca esse estranho vem me oferecer o tipo de paz que eu menos quero agora.
Olhando para
mim ele continuou com voz tranquila:
−
Lisa, você me chamou e eu vim. E queria te dizer que aceito.
−
Perdão? Aceita? O que?
−
Ser teu companheiro durante a eternidade.
Naquele
instante eu entendi, mas decididamente não queria crê. Olhando fixamente para
mim ele falou:
−
Sim Lisa, sou um vampiro. E vim por ti. Serás minha.
−
O que?
−
Foi você pediu. Cuidado com que você pede Lisa, pedidos se realizam.
−
Vou te lembrar disso quando eu jogar na loteria. – respondi com um sorriso
atravessado.
Ele
sorriu para mim e tocou com os dedos em meu rosto.
Senti
uma eletricidade passar pelo meu corpo, me causando um arrepio na coluna. Ele
vendo minha reação alargou o sorriso e falou:
−
Você é linda, chega a doer.
Olhando
para ele falei:
−
Amigo... Ops. Como é seu nome?
Ele
respondeu olhando diretamente em meus olhos que se chamava Allan.
Aquele
olhar me deixava confusa esqueci o que ia falar, ele me causava calores
estranhos. Ele era um homem charmoso, exalava sedução, erotismo e luxúria.
Sentei-me
em um dos túmulos e ele sentou-se ao lado. Recolheu minha mão e começou a
acariciá-la, sabia que não deveria ter deixado, mas era tão gostoso sentir o
toque de seus dedos.
Ele
começou a beijar levemente meu rosto, a cada beijo meu corpo estremecia, fechei
meus olhos entregando-me as sensações. A cada caricia recebida, meu corpo pedia
mais e mais.
Ainda
com meus olhos fechados senti o halito frio e doce da boca dele ao meu ouvido e
ele falou com voz ofegante e entrecortada:
−
Lisa... Te desejo... Quero você como minha companheira... Você quer... − Eu totalmente
inebriada de desejo e volúpia, respondi:
−
Sim...
Com
a boca junto ao meu ouvido ele falou:
−
Pois a partir dessa noite és minha prometida, e todas as noites virei a ti e
daqui a três luas cheias serás a minha companheira eterna. Mas na próxima vez
quererei beber mais de tua boca e me fartarei de teus carinhos e ofegos.
Entendeu Lisa?
Eu
me encontrava hipnotizada totalmente embriagada com a beleza e a voz de Allan.
Ele
delicadamente passou os dedos no contorno do meu rosto e suavemente me beijou
os lábios.
Acordei
com o alarme do despertador aos berros me avisando que era hora de voltar à
vida normal.
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