Expressões idiomáticas
Conceituam-se como expressões
idiomáticas aquelas que, perante os estudos linguísticos, são destituídas de
tradução. Pode considerar-se que fazem parte daquilo que chamamos de variações
da língua, uma vez que retratam traços culturais de uma determinada região.
Dotadas de um evidente grau de informalismo são geradas por meio das gírias e
tendem a se perpetuar ao longo de toda uma geração.
Desta forma, ao analisarmos as imagens que seguem constatamos que estas nos remetem a dizeres já bastante conhecidos e até “cristalizados” no tempo. Observemos, pois:
Assim, já ouvimos muitas que “fulano engoliu um sapo”, ou que “fulano pisou na bola”. Estas, assim como tantas outras revelam um discurso específico, uma vez que “engolir um sapo” significa receber uma “bronca” e “pisar na bola” revela uma atitude considerada inaceitável”.
No intuito de aprofundarmos ainda mais nossos conhecimentos no que tange a este assunto, analisemos alguns casos representativos:
Armar um barraco – criar uma confusão em público.
Ao pé da letra – literalmente.
Arregaçar as mangas – dar
início a uma determinada atividade.
Bater as botas – falecer.
Boca de siri – manter um
segredo referente a um determinado assunto.
Cara de pau – descarado,
sem-vergonha.
Chutar o balde/chutar o pau
da barraca – perder o controle, a calma.
Descascar o abacaxi –
resolver um problema complicado.
Encher linguiça – enrolar,
ocupar o tempo por meio da embromação.
Lavar as mãos – não se
envolver com um determinado assunto.
Pé na jaca – cometer
excessos (enfiar o pé na jaca).
Quebrar o galho –
improvisar.
Segurar vela – atrapalhar o
namoro.
Trocar as bolas –
atrapalhar-se.
Trocar os pés pelas mãos -
agir de modo desajeitado, apressadamente.
Por Vânia Duarte
Graduada em Letras
Nenhum comentário:
Postar um comentário