As luzes das velas iluminavam meu
quarto. A noite era quente, típica do verão. As cortinas tremulavam. O som dos
galhos arranhando o telhado da casa.
Um barulho fofo como um salto rompeu o
silêncio da noite. O medo me invadiu o coração. Uma sombra surgiu próximo à
janela, assim, você entrou em meu quarto como um gato faz rápido e sorrateiro.
Os teus olhos eram luzes
hipnotizantes. Fique tonta, confusa e assustada. Tomaste minha mão, tive
vontade de puxar, mas tua voz aveludada me disse que não havia nada a temer.
Acariciaste meus cabelos, tocaste meu
rosto, com os dedos acariciaste minha boca e me beijaste. Tu apertavas-me em
teus braços. Teu corpo se emoldurava ao meu.
Senti o calor dos teus lábios em meu
pescoço, uma língua quente e úmida traçava minúsculos beijos.
Em fração de segundos senti duas
pequenas furadas. A dor aguda foi substituída em questão de segundos por
prazer. Meu corpo se aquecia de desejo e a tua boca se movia ávida e voraz,
sentia minha essência a te preencher.
Segundos mais tarde senti tua boca se
afastar e tua língua acariciar as perfurações, em protesto grunhi, mas com carinho pousaste um beijo
onde a pouco se fartava.
Beijaste-me e falaste poesias em meu
ouvido. Eu sabia que era perigoso, mas o prazer era tanto, que não importava o
preço.
Deitaste-me em minha cama e nos teus
braços fechei os olhos e dormi... no outro dia acordei e você assim como veio
se foi, não queria acreditar que tudo fora um sonho.
Não! Não podia crê, tudo havia sido real.
Levantei fui ao espelho e vi duas
pequenas marcas em meu pescoço, para mim marcas de amor.
Toda noite eu te espero, mas você não
vem, será que foi um sonho então?
Neste instante toco as marcas e tenho
a certeza que você esteve aqui e que um dia voltará, e eu estarei aqui a te
esperar...
Luciana
Costa – 18/11/12.
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