domingo, 18 de novembro de 2012

Noite de verão - Conto - Por Luciana Costa

Para uma melhor organização e acessibilidade criei um novo blog para as prosas, assim, este post foi, mas, a pedidos deixarei o post aqui por 90 dias e quando terminado o prazo o mesmo será removido definitivamente para o blog Palavras Vivas em Prosa.


Mas para acessá-lo clique aqui  para conhecer o novo espaço.




Noite de verão



 As luzes das velas iluminavam meu quarto. A noite era quente, típica do verão. As cortinas tremulavam. O som dos galhos arranhando o telhado da casa. 

Um barulho fofo como um salto rompeu o silêncio da noite. O medo me invadiu o coração. Uma sombra surgiu próximo à janela, assim, você entrou em meu quarto como um gato faz rápido e sorrateiro.

Os teus olhos eram luzes hipnotizantes. Fique tonta, confusa e assustada. Tomaste minha mão, tive vontade de puxar, mas tua voz aveludada me disse que não havia nada a temer.

Acariciaste meus cabelos, tocaste meu rosto, com os dedos acariciaste minha boca e me beijaste. Tu apertavas-me em teus braços. Teu corpo se emoldurava ao meu.

Senti o calor dos teus lábios em meu pescoço, uma língua quente e úmida traçava minúsculos beijos. 

Em fração de segundos senti duas pequenas furadas. A dor aguda foi substituída em questão de segundos por prazer. Meu corpo se aquecia de desejo e a tua boca se movia ávida e voraz, sentia minha essência a te preencher.

Segundos mais tarde senti tua boca se afastar e tua língua acariciar as perfurações, em protesto  grunhi, mas com carinho pousaste um beijo onde a pouco se fartava.

Beijaste-me e falaste poesias em meu ouvido. Eu sabia que era perigoso, mas o prazer era tanto, que não importava o preço.

Deitaste-me em minha cama e nos teus braços fechei os olhos e dormi... no outro dia acordei e você assim como veio se foi, não queria acreditar que tudo fora um sonho.

Não! Não podia crê, tudo havia sido real.

Levantei fui ao espelho e vi duas pequenas marcas em meu pescoço, para mim marcas de amor.

Toda noite eu te espero, mas você não vem, será que foi um sonho então?

Neste instante toco as marcas e tenho a certeza que você esteve aqui e que um dia voltará, e eu estarei aqui a te esperar...



Luciana Costa – 18/11/12.


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