quarta-feira, 17 de outubro de 2012

A última lágrima - Por Luciana Costa



A última lágrima



Minhas cavidades oculares já não suportam
O rico, salgado líquido que as afogam.
Olhando as estrelas te procuro
Mesmo sabendo que é impossível.
Sinto o calor molhado em rosto
De um pranto não audível
No entanto tão fortemente sentido.


Pergunto:  Oh Deus! Como podes ter me acometido
A esse amor tão sofrido
Verto em lágrimas a minha dor 
Não por um amor esquecido
Tão pouco ferido
Mas sim um amor por ti de mim carpido.


Pergunto-me por que me deixaste aqui
Se o meu eu se foi contigo
Oh! Última lágrima
Me arranca as entranhas
Porque não me matas
Já que não há mais alma
Nesse corpo que vos fala


Descansa em ti a memória
Do amor que foi um dia
E se fez história
Mas que hoje jaz na memória
Apenas um legado do foi a minha triste história.


Luciana – 25 – 09 – 2012.

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