sábado, 6 de outubro de 2012

Quer escrever um romance? Comece conhecendo algumas de suas características.


Gênero Romance (século XIX): Pessoa, Espaço, Tempo, Como Identificar
15, março, 2012  Graci




Reading by the Window - Charles James Lewis


O Romantismo, movimento artístico e literário do século XIX, trouxe para nossa cultura um gênero literário que até hoje é amplamente divulgado e apreciado no mundo todo: o Romance. Como você já deve  ter aprendido, nem todos os romances tratam de uma história de amor, embora muita gente faça confusão com o nome.
Como surgiu num período de ascensão da burguesia, o romance era destinado a um público que valorizava a riqueza de ações e personagens sobre a linguagem rebuscada das epopéias que passaram a perder seu prestígio a partir do século XVII. Seus enredos complicados com fatos fantasiosos conquistaram especialmente as mulheres que começaram a ganhar peso como público leitor.
Em se tratando de estrutura, o romance é muito fácil de ser identificado. O primeiro elemento é o tempo, geralmente indicado logo no início da narrativa. Nos contos-de-fadas encontramos o “Era uma vez…”, mas em alguns romances o momento de referência só é identificado depois do início da história.
Assim como o tempo, o espaço costuma ser indicado no início do romance, o que não é uma regra. O espaço de referência pode ser explicitamente descrito ou não. Já quanto a pessoa o romance é mais específico. Muitas vezes o narrador é uma personagem, o que torna sua descrição mais parcial e subjetiva.
Já existem casos em que o narrador é observador, ele não faz parte da história e por isso exibe um ponto de vista diferente do das personagens. Neste caso há um afastamento maior e o resultado é uma narração mais objetiva e até mesmo mais fiel, sem interferências.
Além do tempo, espaço e pessoa, existem outras características dos romances que merecem ser destacadas. Na tabela abaixo nós separamos as principais, confira:

  
Repare que a temática do romance sofreu alterações com o passar dos anos. De início eles contavam histórias fantásticas com naufrágios, raptos, duelos, assassinatos entre outras coisas que faziam com que eles se assemelhassem das novelas de cavalarias típicas do Trovadorismo.
Depois eles passaram a relatar o cotidiano rural ou urbano com relacionamentos amorosos, traições e desilusões. Os assuntos eram mais “reais”, o que gerou maior identificação por parte das mulheres que formavam o grande público dos romances.

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