Figuras de
pensamento:
As figuras de pensamento são recursos de
linguagem que se referem ao significado das palavras, ao seu aspecto semântico.
São figuras de pensamento:
Antítese:
Ocorre antítese quando há aproximação de
palavras ou expressões de sentidos opostos.
Exemplo: "Amigos
ou inimigos estão, amiúde, em posições trocadas. Uns nos querem mal, e
fazem-nos bem. Outros nos almejam o bem, e nos trazem o mal." (Rui
Barbosa).
Apóstrofe:
Ocorre apóstrofe quando há invocação de uma
pessoa ou algo, real ou imaginário, que pode estar presente ou ausente.
Corresponde ao vocativo na análise sintática e é utilizada para dar ênfase à
expressão.
Exemplo: "Deus! ó Deus! onde estás, que não respondes?" (Castro Alves).
Paradoxo:
Ocorre paradoxo não apenas na aproximação de
palavras de sentido oposto, mas também na de idéias que se contradizem
referindo-se ao mesmo termo. É uma verdade enunciada com aparência de mentira.
Oxímoro (ou oximoron) é outra designação para paradoxo.
Exemplo: "Amor
é fogo que arde sem se ver; / É ferida que dói e não se sente; / É um
contentamento descontente; / É dor que desatina sem doer;" (Camões)
Eufemismo:
Ocorre eufemismo quando uma palavra ou
expressão é empregada para atenuar uma verdade tida como penosa, desagradável
ou chocante.
Exemplo: "E
pela paz derradeira (morte) que enfim vai nos redimir Deus lhe pague".
(Chico Buarque).
Gradação:
Ocorre gradação quando há uma sequência de
palavras que intensificam uma mesma ideia.
Exemplo: "Aqui...
além... mais longe por onde eu movo o passo." (Castro Alves).
Hipérbole:
Ocorre hipérbole quando há exagero de uma ideia,
a fim de proporcionar uma imagem emocionante e de impacto.
Exemplo: "Rios
te correrão dos olhos, se chorares!" (Olavo Bilac).
Ironia:
Ocorre ironia quando, pelo contexto, pela
entonação, pela contradição de termos, sugere-se o contrário do que as palavras
ou orações parecem exprimir. A intenção é depreciativa ou sarcástica.
Exemplo: "Moça
linda, bem tratada, / três séculos de família, / burra como uma porta: / um
amor." (Mário de Andrade).
Prosopopéia:
Ocorre prosopopéia (ou animização ou
personificação) quando se atribui movimento, ação, fala, sentimento, enfim,
caracteres próprios de seres animados a seres inanimados ou imaginários.
Também a atribuição de características humanas
a seres animados constitui prosopopéia o que é comum nas fábulas e nos
apólogos, como este exemplo de Mário de Quintana: "O peixinho (...)
silencioso e levemente melancólico..."
Exemplos: "...
os rios vão carregando as queixas do caminho." (Raul Bopp)
“Um frio inteligente (...) percorria o jardim..." (Clarice Lispector)
Perífrase:
Ocorre perífrase quando se cria um torneio de
palavras para expressar algum objeto, acidente geográfico ou situação que não
se quer nomear.
Exemplo: "Cidade
maravilhosa / Cheia de encantos mil / Cidade maravilhosa / Coração do meu
Brasil." (André Filho).
Texto disponível em: http://www.pciconcursos.com.br/aulas/portugues/figuras-de-pensamento
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