Vamos falar de um tema que particularmente me encanta, "Vampiros". Gosto de ler romances principalmente com mocinhos que tenham presas, rsrsrs.
Mas deixando de lado minhas preferencias literárias, encontrei esse artigo que achei interessante compartilhar com vocês.
Uma boa leitura!
O Vampiro na Arte e na Cultura
Por Ana Lucia Santana
O Vampiro é uma criatura clássica, definida como um morto-vivo que
geralmente se nutre do sangue das pessoas vivas. Este ser já povoava a
imaginação dos que viviam no século IX, especialmente a dos chineses, que
reservavam um lugar para ele na sua mitologia e o conheciam como ‘kiang shi’.
Ele era concebido com cabelos compridos, a pele dotada de tons verdes ou
brancos, devido à presença de fungos em seus caixões.
Já os gregos imaginavam os
vampiros com pupilas dilatadas e imóveis, e avessos ao manjericão, que para
eles era uma erva provida de poderes mágicos. Medvegia, cidade sérvia,
testemunhou, em 1732, um episódio supostamente protagonizado por estes seres.
Os moradores desta região estavam certos de que algumas pessoas assassinadas
pelo Arquiduque Arnold Paole haviam se transformado em vampiros. Em uma
tentativa de impossibilitar o retorno dos mortos, eles desenvolveram a prática
da exumação dos corpos.
A expressão ‘vampiro’ se originou
no século XVIII, particularmente na literatura, através das narrativas de
escritores famosos como Lord Byron, Charles Baudelaire e Alexandre Dumas. Sua
figura tradicional foi disseminada pelo autor irlandês Bram Stoker em sua
obra-prima Drácula, de 1897, várias vezes adaptada para as telas dos cinemas.
Seu protagonista tinha ares nobres e habitava um castelo que se tornaria
inesquecível para os fãs desta criatura. O Conde vivia do sangue alheio, não
suportava a luz solar, virava morcego e só podia ser destruído com uma estaca
fincada no coração.
Uma das transcrições do livro de
Stoker para a linguagem cinematográfica se tornou um clássico do cinema
expressionista alemão, Nosferatu, lançado em 1922, no período do cinema mudo.
Em 1931 esta versão foi refilmada por Tod Browning e protagonizada pelo genial
Bela Lugosi, que até hoje não foi superado por intérprete algum em sua
performance como Drácula.
Francis Ford Coppola concebeu sua
própria imagem do vampiro na composição do filme Drácula de Bram Stoker,
apresentando um ser que já não é mais tão temido como antes, mas que seduz e
encanta o público e as personagens femininas. Até então a fonte geradora de
produções artísticas vampirescas procedia da obra-mãe de Stoker.
Em 1976, porém, a escritora Anne
Rice lança seu livro Entrevista com o Vampiro, gerando criaturas desprovidas de
características monstruosas, revestidas de emoções e virtudes humanas e
dilaceradas por questões existenciais. Esta nova imagem é adaptada também para
as telas dos cinemas, em 1994, com a presença de atores do naipe de Tom Cruise,
Brad Pitt e Kirsten Dunst. André Vianco tem produzido igualmente obras
contagiantes, sendo atualmente considerado o melhor escritor deste filão
literário no território brasileiro. Ele já comercializou mais de 100 mil
exemplares de suas publicações.
A nova safra de vampiros invade
hoje as prateleiras das livrarias e as salas de cinemas, sem falar nas séries
que povoam os canais pagos. A escritora do momento nos círculos mais jovens é
Stephenie Meyer, autora de uma série iniciada com o livro Crepúsculo,
recentemente adaptado para a versão cinematográfica. Lua Nova, o segundo
volume, está conquistando o mesmo sucesso, e a terceira parte, Eclipse, foi
lançada em janeiro de 2009. Aqui o vampiro ganha uma roupagem mais romântica e
leve; as criaturas do bem, que só se nutrem do sangue de animais, e assim se
consideram vegetarianas, se contrapõem aos do mal, que ainda se alimentam do
sangue humano.
Em True Blood, produção que
recentemente teve sua estréia na TV a cabo, no canal HBO, adaptada dos livros
da série Southern Vampire Mysteries, de Charlaine Ball, os vampiros
considerados bons encontraram um meio original de se alimentar; eles consomem
sangue artificial produzido no Japão, e assim não há mais motivos para que eles
cacem os humanos. Ela é protagonizada por Stephen Moyer e Anna Paquin. Hoje,
portanto, não faltam séries, filmes, livros, jogos e sites totalmente voltados
para a abordagem desse tema, o que permite o crescimento constante do número de
fãs deste gênero.
Fontes
• Almanaque Saraiva – Ano 3 – Nº
33 – Janeiro – 2009.
Texto disponível em: http://www.infoescola.com/literatura/o-vampiro-na-arte-e-na-cultura/
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